Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido. Josué 1:8

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

A Família

Início, Desenvolvimento e causas de sua conduta desviada

Este artigo apresenta informações importantes sobre "o novo movimento religioso" hoje conhecido como "A Família" ("uma fraternidade de comunidades missionárias independentes"), antigamente conhecida como "Os Meninos de Deus". O propósito deste tratado é completar os espaços que permanecem vazios em suas próprias declarações públicas acerca de sua história e crenças, a fim de que você possa estar completamente informado e capacitado para tomar uma decisão de comprometer-se com eles ou dar-lhes a sua ajuda.

O zelo religioso da Família compensa seu pequeno número de seguidores, cerca de 9000 membros de tempo integral no mundo inteiro (3000 adultos e 6000 crianças). Também contam com um número indeterminado de membros marginais conhecidos como "Tsers" (os quais dizimam e ajudam o movimento, mas vivem e trabalham independentemente das comunidades do grupo). Em seus esforços missionários, A Família busca estudantes, trabalhadores de classe média e inclusive jovens cristãos para que se unam a eles; também obtém ajuda, proteção e conselho legal de empresários, oficiais militares, advogados e políticos. A Família pratica um estilo de vida comunitário com uma altamente organizada estrutura de governo piramidal, baseada em uma inquestionável aliança com seu fundador e "profeta" David Berg (também conhecido como Moisés David, Mo, Papai e Vovô) e sua esposa por direito comum Karen Zerby (Maria ou "Mamãe"). Isto, aliado a suas doutrinas e práticas incomuns tem sido a causa da preocupação do público e da imprensa como também de autoridades em diversos países ao redor do mundo.

As Raízes da Família 

O fundador e líder do grupo, David Berg, nasceu na Califórnia em 1919. Ele foi criado em um meio evangélico com um herança de serviço a Deus, que recebeu tanto de seu avô como de sua mãe, que eram evangelistas itinerantes. Segundo suas próprias recordações, Berg foi abusado sexualmente quando era criança, por adultos de ambos os sexos, tendo relações incestuosas com uma prima aos sete anos, e quando tinha dez anos já estava obcecado por sexo e masturbação - tudo isso conflitava com sua criação de estrita moral. Ele e sua esposa Jane tiveram quatro filhos, aos quais foram dados posições importantes na fundação da Família. No final da década de 1940, Berg foi ordenado ministro, pastoreando uma igreja por dois anos. Ele alegou que foi exonerado injustamente deste pastorado por causa de seus fortes sermões e pelas políticas de integração; certos membros de sua família, no entanto, afirmam que a causa foi uma aventura adúltera com um membro da congregação. Qualquer que seja a razão, Berg logo escreveu que o incidente o fez ficar tão furioso, amargurado e decepcionado com todo o "sistema hipócrita da igreja" que ele quase chegou a se tornar comunista.

Durante os anos 1950, ele pareceu encontrar seu lugar temporariamente com a "Clínica da Alma", um movimento radical missionário fundado por Fred Jordan, um ex-ministro batista. Foi ali onde Berg adquiriu seu zelo quase militar por testemunhar, uma ênfase que perdura até os dias de hoje em grande parte da Família. Apesar de seu "serviço a Deus", Berg depois disse a seus seguidores que visitava prostitutas e se comprazia em aventuras adúlteras. Ele também começou com avanços sexuais contra suas filhas: Faithy e Linda.

Em meados dos anos 60, Berg estava levando seus filhos adolescentes em suas campanhas de testemunho e condenava cruelmente aqueles cristãos que não faziam o mesmo. Em 1968 eles foram a Huntington Beach, Califórnia e começaram a testemunhar aos hippies. Lá, os filhos adolescentes de Berg ganharam muitos convertidos, trazendo-os ao café onde eles escutavam os sermões anti-igreja e anti-sociedade de Berg. Os jovens, a maioria menores, eram ajudados e resgatados das drogas e rapidamente doutrinados por Berg em uma forma especial de cristianismo: que eles deviam "abandonar tudo" e deixar para trás seus pais, a escola e o trabalho. Ganhando a antipatia dos pais e da imprensa na Califórnia, a banda "os Revolucionários por Jesus" seguiu seu caminho em caravanas de trailers e finalmente se assentaram em uma fazenda perto de Thuber, Texas em 1970, a partir de onde eles cresceram em número e começaram a enviar grupos a outras cidades para iniciar comunidades e ganhar novos membros. Pouco tempo depois um repórter de um periódico chamou o grupo de "os Meninos de Deus" e o nome acabou se fixando.

No início da década de 70 centenas de homens e mulheres jovens deixaram seus trabalhos, educação, famílias e todas as suas possessões materiais para juntar-se aos Meninos de Deus por todo o Estados Unidos e Canadá, bem como em Londres, Inglaterra e outras cidades importantes na Europa, Austrália e América Latina e assim os Meninos de Deus começaram a espalhar-se amplamente.

Desde o início, os escritos religiosos e espirituais de Berg estavam inseparavelmente entrelaçados com suas práticas sexuais e crenças. Tanto que em 1969, ele começou a tomar como "esposas" a várias mulheres do grupo. Uma delas era uma jovem discípula chamada Karen Zerby (apelidada Maria e agora chamada "Mamãe" pelos membros da Família), afirmando em "profecia" que Maria era a jovem "igreja nova" que Deus estava levantando e que Jane, a esposa e mãe de seus filhos, era a "antiga igreja" a qual Deus estava abandonando como desobediente e antiquada porque Deus estava fazendo uma "coisa nova". Este foi o princípio da prática de Berg de querer "santificar" e "justificar" suas ações e políticas como se fossem declarações de significado "profético". Cedo proclamou-se "profeta de Deus dos últimos tempos" falando "palavra de Deus para hoje" usando versos e exemplos das Escrituras para justificar suas novas doutrinas as quais ele elevava ao nível das Escrituras. Como resultado do exemplo de Berg e com seu consentimento, a promiscuidade sexual ("sexo sem controle" e "intercâmbio de esposas") se tornou incontrolável entre os líderes dos Meninos de Deus. Por um tempo, isto permaneceu oculto aos membros em geral.

A porta para o ocultismo foi aberta passo a passo quando Berg recebeu um "espírito ajudador", um suposto rei dos anos 1200 chamado "Abrahim" que Berg disse ter sido enviado por Deus para ser seu anjo guardião ou espírito guia. 

Com suas práticas sexuais agora "santificadas" e "justificadas" e poderes do ocultismo que o guiavam, Berg ordenou aos Meninos de Deus que se expandissem pelo mundo inteiro, primeiro na Europa em 1971 e chegando a todos os continentes em meados dos anos 70. A verdade é que o zelo missionário não era o único motivo por trás da iniciativa internacional, mas também a necessidade de Berg de escapar à caça tanto dos pais furiosos dos convertidos como das autoridades legais em algumas cidades e países. Suas mensagens acerca da iminente destruição da América forçou muitos membros a abandonar o Estados Unidos. 

A Família nos anos 70 e 80

Em 1973, apesar de estarem baseados secretamente em Londres, Inglaterra, Berg ordenou a seus seguidores para pararem de testemunhar nas ruas e em vez disso concentrar-se na distribuição das "cartas de Mo", seus escritos sobre uma variedade de temas, e pedir doações para ajudarem a si mesmos, o que passou a ser conhecido como "litnessing" (do inglês - literature witnessing - ou seja dar a conhecer ou testemunhar através da literatura). Sua postura política (anti-América, anti-Israel e a favor da Arábia) e seus poemas sexualmente explícitos, provocaram a ira do público e da imprensa. Houve confusão ao redor do mundo quando suas profecias a respeito de grande destruição quando da aparição do cometa Kohoutek não ocorreu. A interpretação da profecia era que a destruição da América era iminente e Berg não fez nada para diminuir esta interpretação mesmo depois de nada ter acontecido. Depois castigou aqueles que sugeriram que ele havia "interpretado mal" sua declaração profética.

A "Família de Amor".

Em 1976, Berg "soltou a bomba" que o tornou uma aberração para comunidade cristã e para a sociedade em geral. Depois de um ano ou dois de experiência pessoal com sua consorte Maria, Berg ordenou a todos os membros do sexo feminino a ganhar membros e ganhar o favor de oficiais do governo e homens de poder nos países ao redor do mundo. Em uma prolongada série de cartas explicitamente sexuais dizendo que Deus agora havia santificado as relações sexuais extra-matrimoniais e a prostituição, desde que fossem feitos "em amor" e "para a glória de Deus", ele instruiu aos seus seguidores que eles tinham de provocar sexualmente como também pedir compensações monetárias. Rapidamente muitos membros dos Meninos de Deus se tornaram diretamente prostitutas, fazendo com que centenas fossem infectados com enfermidades transmitidas sexualmente tais como herpes (que alcançou uma proporção quase epidêmica em algumas áreas). Com a "Revolução" da provocação sexual, os Meninos de Deus começaram a chamar a si mesmos "A Família de Amor".

O excesso sexual passou inevitavelmente a acontecer entre crianças e adultos. E seguindo similaridades com sua história pessoal, Berg agora declarava que o incesto e relações sexuais com crianças eram permissíveis. Em pouco tempo aconteceram casos de mães e pais tendo íntimo contato sexual com seus filhos, e crianças pequenas tendo relações sexuais com outras crianças ou adultos que eram membros da Família. Apesar das declarações de inúmeras pessoas que foram membros do grupo nessa época relatando casos que eles mesmos viram, de sexo entre crianças/adultos ou de serem eles mesmos abusados, A Família hoje nega veementemente que todos esses abusos tenham ocorrido e afirmam que tais incidentes foram casos isolados.

Misturando suas práticas sexuais e crenças com o ocultismo, Berg declarou ter relações sexuais com todo um panteão de deusas pagãs das quais deu o nome e vividamente descreveu e ilustrou em escritos a seus membros. A fascinação de Berg com o ocultismo o levou a promover espiritismo, consultando médiuns, astrologia e necromancia. Ele escreveu a seus seguidores que todos eles tinham "espíritos ajudadores" (que eram de santos cristãos que já haviam partido aos quais a Bíblia identifica como "espíritos familiares") e insistia que eles investigassem quem eram os mesmos.

Outro desvio do cristianismo ocorreu durante este mesmo período; em uma não-estudada interpretação de Lucas 1:28, Berg declarou que o nascimento de Jesus foi o resultado do anjo Gabriel achegando-se a Maria e tendo contato sexual com ela (conhecido como "a doutrina de Gabriel") categoricamente negando o nascimento por meio da virgem. Porta-vozes da Família afirmaram que esta não era uma doutrina "difícil" ou "passageira" mas apenas especulação e não é algo que eles enfatizem. No entanto, um membro da Família e ex-editor das Cartas de Mo confirmou que durante esse tempo foi severamente repreendido por andar fazendo perguntas a respeito. 

Nos escritos de Berg, estava combinado com a inclinação sexual e ocultismo, seu crescente problema de alcoolismo (ele uma vez escreveu que ele profetizava melhor quando estava sob sua influência). Chamados para jejuar e orar por sua saúde foram feitos numerosas vezes no final dos anos 70 e 80 devido aos efeitos do álcool. 

No fim da década de 1970, quando os Meninos de Deus (que se chamavam a si mesmos A Família de Amor) recebeu cobertura negativa dos meios de comunicação ao redor do mundo por sua prática de provocação sexual e o massacre de Jonestown fez com que a imprensa focalizasse sua atenção nos cultos e seitas, Berg instruiu seus seguidores a dizer ao público que o grupo se havia desfeito. Longe de desfazer-se, como suas declarações propagandistas de 1992 dizem que ocorreu, eles simplesmente se tornaram mais discretos em suas localidades e eram evasivos quando confrontados, para dar a aparência de estar debandados.

Ao mesmo tempo, Berg rebaixou e trocou muitos nos postos de liderança ao redor do mundo, levando ao fechamento de algumas comunidades. Tudo o que público na América do Norte sabia era que eles haviam praticamente desaparecido. Sem dúvida, o grupo não desapareceu e nunca se desfez. Através dos anos 80 eles continuaram como uma entidade coesa e altamente organizada cujos líderes máximos e crenças básicas e práticas não mudaram.

Continuando com vários pseudônimos em diferentes localidades tentando mostrar que eles não eram os "infames" Meninos de Deus/A Família de Amor, prosseguiram seu proselitismo, concentrando seus esforços no Terceiro Mundo como também na Europa Oriental e União Soviética, onde eles não eram conhecidos anteriormente.

Da Revolução ao Regime Autoritário.

Da metade para o final dos anos 80, com a saúde de Berg deteriorando-se, "Maria" (ou "Mamãe") começou a tomar as rédeas do poder, supervisionando A Família em sua liderança de estrutura piramidal. Foi ela quem fez esforços para eliminar do grupo os mais óbvios excessos sexuais, proibindo o incesto, o sexo entre crianças/adultos e os adolescentes/adultos para evitar a própria destruição do grupo. De acordo com ex-membros, isto veio em forma de uma diretiva em 1986 que tinha que ser lida e logo destruída. A prática de provocações sexuais foi oficialmente encerrada no final dos anos 1980 por temor da AIDS e só depois que um membro feminino no Japão morreu de uma pneumonia relacionada com AIDS. Estas mudanças foram implementadas, como se declarara, para preservação própria. A estrutura da crença básica do grupo não mudou, como uma diretiva interna de 1993 declarou claramente.

Outro fenômeno que ocorreu no final dos anos 80 e continuou no princípio dos 90 era o que ficou conhecido como "campos de vitória" ou "programa vitorioso". Começando com as crianças maiores e adolescentes do grupo e eventualmente chegando a ser usado com adultos, algumas comunidades e métodos foram deixados de lado para tratar com "casos problemáticos". Usando táticas como confinamento solitário, lendo listas apropriadas das Cartas de Mo, exorcismo, castigo corporal, trabalho pesado, confissões escritas e humilhação pública, adolescentes e adultos eram monitorados por vários períodos de tempo (semanas ou inclusive meses) até que eles "obtivessem a vitória" ou deixassem o grupo. O excesso destes métodos foi documentado por adultos e menores ex-membros e tem sido causa de interesse por parte das autoridades e do público. A Família não tem falado deste programa exceto para dizer que não se usa mais. Monitoração dos pensamentos dos membros continua acontecendo através da exigência de "relatórios de coração aberto" que têm que ser escritos periodicamente por todos os membros. 

A Família nos anos 1990

David Berg agora está em seus 70 anos e sua saúde é muito fraca. Todos os seus escritos e doutrinas incluindo deusas e espíritos ajudantes, a doutrina de Gabriel, etc, permanecem intactos. Apesar da verdade que centenas de membros da Família estavam infectados com doenças venéreas como herpes, eles continuavam praticando sexo fora do matrimônio entre membros adultos que tiveram tal consentimento. Inclusive, o sexo entre crianças e adultos, mesmo não estando sancionado, não havia sido renunciado.

Investigações sobre A Família têm ocorrido freqüentemente nos últimos anos com grande cobertura da imprensa e/ou campanhas governamentais contra eles em diversos países: os mais recentes foram na Espanha (1990), Austrália (1992), França (1993) e Argentina (1993) onde autoridades fizeram batidas nas comunidades da Família e levaram centenas de crianças sob custódia protetora temporária por alegações de abuso sexual, mental e físico. Devido a detalhes técnicos de direito nenhuma condenação resultou em razão destas investigações. 

Com as portas fechadas para o grupo em muitos países, os membros estão retornando em grandes números a seus lugares de origem em países da América do Norte e Europa Ocidental onde A Família está muito ativa com campanhas de relações públicas para convencer o público de que eles "mudaram". Com a abertura à religião na ex-União Soviética e no Bloco Oriental, A Família tem invadido estes países, assentando comunidades permanentes, ganhando convertidos e intentando ganhar a confiança de líderes cristãos. 

De Regime Autoritário à Respeitabilidade?

Por causa destas "perseguições" o grupo reverteu suas táticas de mudança e tem começado a agressivamente defender-se usando advogados e emitindo releases para imprensa e ordens judiciais. A organização gigante da Cientologia (Dianética) tem oferecido sua experiência legal e propaganda ao grupo. Foi em 1992 que eles oficialmente começaram a chamar-se a si mesmos "A Família", quando se tornou evidente que eles não podiam mais se esconder atrás de um pseudônimo, e suas declarações de que "os Meninos de Deus" havia sido desfeitos foi exposta como mentira. Em meados dos anos 1990 eles queriam desesperadamente parecer "respeitáveis". Os excessos da "Revolução" e os abusos do "Regime" eram ignorados em sua astuta campanha para ganhar respeitabilidade. Com a mesma liderança e ideologia intacta, a história se repetirá outra vez? Alguns cientistas sociais, ignorantes da história do grupo, dão um resplandecente relatório da Família, baseados em observações de uma ou duas comunidades modelos - quase nunca usando uma metodologia científica completa.

Usando tais ferramentas e táticas, eles abordam as pessoas nas ruas, em seus negócios, até em igrejas e livrarias cristãs em um esforço para arrecadar fundos por meio das vendas de seus vídeos e cassetes de música. Eles, geralmente não tem permissão para coletar doações, não estão registrados como sociedade de caridade e não pagam impostos. Em muitos casos, se lhes for perguntado se eles pertencem aos "Meninos de Deus" ou "Família de Amor" eles dizem que esses grupos não existem mais e que alguns ex-membros dos "Meninos de Deus"/"Família de Amor" agora estão unidos e se chamam "A Família". Esta táctica foi elaborada para fazer o público pensar que os abusos, excessos e aberrações do passado já não existem mais. Certamente parece que a prostituição e o sexo entre crianças e adultos foram proibidos pelo grupo e tem virtualmente cessado. No entanto, em publicações internas eles declaram que estas duas práticas não são em si moralmente erradas e eles não censuram estas práticas, simplesmente as descontinuaram devido às pressões de fora e para preservação própria. Seu "profeta" e fundador David Berg todavia tem firmemente se defendido de toda culpa por qualquer abuso sexual entre crianças e adultos que aconteceu no grupo, apesar de que a realidade é que ele esteve casado com as glórias de tais "libertinagens" e aprovou material de cuidado de crianças que explicitamente mostram estas ações. 

A verdade é que atualmente A Família tem a mesma liderança, doutrinas e estrutura fortemente autoritária que tiveram os Meninos de Deus nos anos 70 e A Família de Amor nos anos 80. Em uma carta de Maio de 1993 havia uma ordem que dizia "Vão às igrejas" instruindo aos membros a levar seus convertidos as igrejas para exercerem influência sobre as igrejas para "testemunhar" e "permanecer avivado". Quando pedido, eles devem apresentar sua confissão pública de fé que se parece com a de outras organizações evangélicas. O que não dizem é o que eles interpretam por "Espírito Santo": uma sexy figura de mãe, e que na verdade, para eles, existem muitos "espíritos santos", "santos" que já partiram (morreram) que falam com e os guiam como indivíduos. Também não dizem que Jesus foi concebido como filho de Deus pelo anjo Gabriel tendo relações sexuais com Maria. Ou que David Berg firmemente crê que Jesus tivera relações sexuais com Maria Madalena e com outras e inclusive que sofrera de enfermidades venéreas. Falar em línguas é explicado como "um espírito ajudador de alguém que já partiu" o qual fala um idioma antigo (comumente conhecido como "canalizando"). Eles tão pouco dizem prontamente que eles crêem e praticam relações sexuais extra-matrimoniais entre "adultos que tenham tal consentimento" em suas esferas. Quando são confrontados com estas práticas, eles muito amavelmente o convidam a "estar de acordo ou não".

Porque o grupo fala acerca de Jesus e a salvação e ensina estudos bíblicos, o membro em potencial pode chegar a pensar que nunca viu tão sinceros cristãos, que sabem sua Bíblia tão bem. No entanto, quando uma pessoa quer fazer parte do grupo, ele será posto em um intenso programa de treinamento para ser doutrinado com as interpretações da Bíblia de David Berg. Este processo de doutrinação será tão intenso que uma vez que uma pessoa esteja debaixo dessa influência, ficará preso por anos em seus círculos mesmo que deseje sair de lá.

Como Identificar A Família.

Muitos membros são crentes sinceros que amam a Jesus; têm dúvidas sérias e permanentes acerca de Berg e seus ensinos; estão desiludidos por suas muitas predições falsas e têm sofrido muito abuso mental e manipulação. Eles querem sair, deixar o grupo, no entanto, anos de ler somente as cartas de Mo os atemoriza de fazê-lo. Portanto, os membros da Família - tentando apaziguar suas próprias dúvidas - continuam promovendo os ensinos de Berg e persuadem a outros a entrar para o grupo. Se eles o abordarem na rua, na escola ou no serviço, oferecerão um poster colorido com uma mensagem escrita em cima ou atrás e cassetes de música muito coloridos e vídeo cassetes; possivelmente acompanhados de uma ou mais crianças lindas ou adolescentes simpáticos e muito bem treinados.

Dicas para ajudá-los

Questione-os com perguntas como as seguintes que descrevem grupos que exercem controle por meio de autoritarismo.

· A Família valoriza a lealdade à consciência pessoal e ao chamado de Deus mais que a lealdade a sua organização e liderança? 

· A Família faz publicamente tudo o que eles crêem, ou estabelecem uma atmosfera de segredo e conhecimento privilegiado dentro do grupo? 

· A Família respeita a privacidade de cada membro? Os membros são disciplinados ou confrontados acerca de seu pecado de uma maneira privada e amável? Ou são sujeitos a castigo corporal ou humilhação pública? 

· A Família controla a vida sexual e o matrimônio de seus membros, ainda que proibindo ou incentivando o incesto, relações sexuais extra-matrimoniais, matrimônios por contrato, etc.? 

· A Família incentiva a seus membros a dar dinheiro e tempo ao grupo como se Deus os dirigisse, em lugar de estabelecer e andar com regras claras? Os líderes dão bom exemplo evitando extravagâncias para si mesmos? 

· A Família serve e interage com o restante da comunidade cristã? 

· Os membros são desincentivados a pensar com critério próprio e a expor suas dúvidas e objeções? 

· A Família incentiva seus membros a construir relações saudáveis com amigos e membros familiares que não são parte do grupo? 

· É permitido aos membros deixar A Família sem fazê-los sentir culpados ou temerosos? 

Os cristãos e líderes de igreja informados que são abordados pelos membros da Família podem amavelmente demonstrar as doutrinas errôneas as quais se firmam A Família, como está descrito neste artigo. Os membros da Família são ensinados a respeitar a Palavra de Deus. O uso correto das Escrituras em amor e humildade pode ser uma maneira de evangelizar membros da Família individualmente.

Esta informação foi compilada por ex-membros dos Meninos de Deus/A Família e é distribuída por "No Longer Children". "No Longer Children" é uma associação no Canadá dedicada à reintegração de ex-membros da Família/Os Meninos de Deus na sociedade e que provê apoio e informação àqueles que têm estado envolvidos com esta perigosa organização.

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