Origem
Os portugueses impuseram aos negros escravos sua crença católica, o que não foi muito bem aceita nas senzalas. Além de obrigar os negros a aceitarem sua crença os portugueses também proibiram os cultos aos deuses pagãos dos escravos. Os escravos que não se submeteram foram perseguidos, açoitados e mortos. Até que surgiu entre eles a idéia de se fazer como em Ilexá (cidade da Nigéria), ou seja abrir um ujubô - buraco sagrado e nele depositar o seu igbá - espécie de vasilha pactual (arca da promessa) onde se encontrava alguns objetos. Sobre este ujubô os escravos colocavam as imagens dos santos católicos.
Nos seus cultos eles diziam estar reverenciando os santos e o deus católico com cânticos em dialetos africanos e com danças características, mas na verdade adoravam seus deuses e cantavam a ele. Surge daí o sincretismo afro-brasileiro. Surge também a tradição de levar os iniciados a uma missa, o que foi incorporado ao ritual comum de iniciação.
Com o passar dos tempos a proibição caiu por terra, mas ficou a tradição. Com a morte dos patriarcas o culto foi perdendo suas origens e povo foi acreditando nas imagens. Foram sendo acrescentados cultos não originários da África: Culto aos cablocos, aos povos de rua (culto a oluponã). Culto a pomba-gira (Bombogira dos bantos), culto às almas - pretos velhos (culto aos egunguns dos nagôs).
Foram aculturadas diversas crenças que podem ser encontradas nos altares: Vudu (originária da Europa - basicamente feitiçaria ). Encontra-se também sobre seus altares a imagem de Jesus, de Maria, de Buda entre outros.
Doutrinas
Os umbandistas não têm doutrina clara sobre nada. São na minha visão desnorteados. Acreditam no deus dos católicos, em Jesus, na virgem Maria, crêem nas doutrinas Kardecistas sobre caridade para salvação. Não têm claro o destino de sua alma depois da morte. Pendem os umbandistas mais para o espiritismo, mas continuam fazendo sacrifícios e pactos com os deuses que se apresentam nos terreiros.
Há uma corrente da umbanda que se auto denomina umbanda branca, uma versão rústica do kardecismo, onde não há mais sacrifícios e os médiuns "trabalham" por caridade.
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